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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Velocidade da Luz

Descoberta que contradiz teoria de Einstein intriga cientistas

Jason Palmer
Da BBC NewsComentários
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O laboratório Cern, nos arredores de Genebra
Cientistas estão intrigados pelos resultados obtidos por cientistas do Centro Europeu de Investigação Nuclear (Cern, na sigla em francês), em Genebra, que afirmaram ter descoberto partículas subatômicas capazes de viajar mais rápido do que a velocidade da luz.

Neutrinos enviados por via subterrânea das instalações de Cern para o de Gran Sasso, a 732 km de distância, pareceram chegar ao seu destino frações de segundo mais cedo que a teoria de um século de física faria supor.

As conclusões do experimento, que serão disponibilizadas na internet, serão cuidadosamente analisadas por outros cientistas.

Um dos pilares da física atual – tal e qual descrita por Albert Einstein em sua teoria da relatividade – é que a velocidade da luz é o limite a que um corpo pode viajar. Milhares de experimentos já foram realizados a fim de medi-la com mais e mais precisão.

Até então nunca havia sido possível encontrar uma partícula capaz de exceder a velocidade da luz.

"Tentamos encontrar todas as explicações possíveis para esse fenômeno. Queríamos encontrar erros – erros triviais, erros mais complicados, efeitos indesejados – e não encontramos", disse à BBC um dos autores do estudo, Antonio Ereditato, ressaltando a cautela do grupo em relação às próprias conclusões.

"Quando você não encontra nada, conclui, 'Bom, agora sou obrigado a disponibilizar e pedir à comunidade (científica internacional) que analise isto'."

Partículas aceleradas

Já se sabe que os neutrinos viajam a velocidades próximas da da luz. Essas partículas existem em diversas variedades, e experimentos recentes observaram que são capazes de mudar de um tipo para outro.

No projeto de Antonio Ereditato, Opera Collaboration, os cientistas preparam um único feixe de um tipo de neutrinos, de múon, e os envia do laboratório de Cern, em Genebra, na Suíça, para o de Gran Sasso, na Itália, para observar quantos se transformam em outro tipo de neutrino, de tau.

Ao longo dos experimentos, a equipe percebeu que as partículas chegavam ao seu destino final alguns bilionésimos de segundo abaixo do tempo que a luz levaria para percorrer a mesma distância.

A medição foi repetida 15 mil vezes, alcançando um nível de significância estatística que, nos círculos científicos, pode ser classificada como uma descoberta formal.

Entretanto, os cientistas entendem que erros sistemáticos, oriundos, por exemplo, das condições em que o experimento foi realizado ou da calibração dos instrumentos, poderiam levar a uma falsa conclusão a respeito da superação da velocidade da luz.

"Meu sonho é que outro experimento independente chegue à mesma conclusão – nesse caso eu me sentiria aliviado", disse o cientista.

"Não estamos afirmando nada, pedimos a ajuda da comunidade para entender esses resultados malucos – porque eles são malucos. As consequências podem ser muito sérias."

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/bbc/2011/09/23/descoberta-que-contradiz-teoria-de-einstein-intriga-cientistas.jhtm

Velociadde da luz

Velocidade da Luz é ultrapassada

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/bbc/2011/09/23/descoberta-que-contradiz-teoria-de-einstein-intriga-cientistas.jhtm

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pátria Amada! Vivemos num mundo globalizado que vem sofrendo transformações pra não dizer mutações constantemente. Esses avanços transformam diretamente a sociedade de um modo que o conhecimento do novo é tão instantâneo que rapidamente deixa de ser novo, passa a ser comum e na mesma velocidade transforma-se em velho. Podemos observar que o Brasil vem se adaptando aos avanços e mudanças vindos do exterior, e assim tentando se enquadrar no mundo globalizado levando-se em conta a alta tecnologia que é o que certamente move o mundo atualmente. Diante desse quadro os brasileiros que têm acesso mais rápido às informações, avanços tecnológicos entre outras coisas do exterior, se identificam com a cultura estrangeira "abandonando" assim a cultura brasileira. Já os menos providos de tanta tecnologia, não conhecem tão rapidamente o novo e assim acabam mais ligados a cultura nacional. Não é questão de se generalizar, pois muitas pessoas bem instruídas e bem relacionadas com a tecnologia ainda cultuam a cultura nacional. Por essa razão não se deve afirmar que os "menos" providos são mais brasileiros que os "mais" providos. Assim, é de se concluir que o Brasil vem se transformando tecnologicamente usando como base os avanços estrangeiros, porém sua cultura continua tão nacional como sempre. Podemos perceber o quão é famoso o nosso carnaval, o boi-bumbá, entre outras comemorações da nossa cultura, é notável o nosso sucesso cultural no exterior, mas também é notável o amor que os brasileiros têm pela pátria amada. Logo, uma terra tão amada por seus filhos não é importada, mas sim nacional com os seus filhos vibrando a cada conquista, nem se compara o orgulho de um brasileiro quando conquistamos uma "prata" nos jogos olímpicos, ou outros, agora os estrangeiros sem generalizar, dão um certo desprezo às conquistas consideradas por eles "inferiores". Dessa forma, jamais poderemos aceitar que o Brasil seja considerado importado, pois não há lugar no mundo tão nacional como o Brasil. alyson silveira //103
Um professor2 -- 101

Renan Germano Silva

É muito importante fazer essa troca de livro, por que anima a comunidade a usar mais o livro. Hoje em dia poucas pessoas fazem uso do livro, mias lêem por obrigação, como trabalhos escolares, faculdade, etc.

Guilherme Lucas Mendonça

Eu vi que o Professor ama leitura, e que passa párea as pessoas e que é muito importante para a gente aprender. A gente acaba o livro.

Ana Carolina Deodato

Os vídeos estão mostrando o quanto é importante nós lermos e que tem pessoas que tentam incentivar os nossos leitores, indo de bar em bar, restaurante, etc. De todos os modos possíveis. Existem vários projetos que nós podemos trocar livros ou empresta-los.

Jéssica Maruno Campos

O modo que o professor J. Cláudio leva a leitura para as pessoas é muito interessante e muito divertido também.
As apresentações em bares e restaurantes é uma forma muito criativa de levar a poesia para as pessoas. Troca de livros também é importante.

Breno Lemos

Achei importante os dois vídeos por que a importância para influenciar o gosto pela literatura. Achei importante também a feira de livros, que assim as pessoas que passam na rua tem um tempo de ver um livro.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Pedagogia do Medo

PEDAGOGIA DO MEDO - J. Cláudio*

Ao entrar em uma escola pública de Uberaba-MG, para fazer uma apresentação cênica, pude perceber, na quadra, que os alunos estavam em silêncio.
Um silêncio regido por professores, que de pé, enquanto os alunos estavam sentados no piso da quadra de esportes.
Os professores a qualquer “barulho” dos alunos ditavam o silêncio com ameaças de punição: vou dar uma advertência, muito silêncio.
Os “subordinados” ficavam em perfeito silêncio. Obedeciam com veemência a ordem os seus comandantes, como em um quartel de comando militar.
Percebi que o medo reinava soberanamente naquele recinto, pois ninguém podia se quer expressar a sua vontade infantil de inquietude naquela tarde quente de agosto.
A pedagogia do medo estava claramente expressa, dominava-se tudo que se queira naquele espaço preparado com esmo carinho para aquela apresentação que iria fazer.
Fiquei pasmo quando uma educadora, esbravejando em altos gritos, clamava: vão pra sala, pois eu não permito, não admito, vou advertir.
Estava estampada uma nova pedagogia do medo, pois se educava naquela tarde com pressão oral, força dominadora do medo e sobre tudo a raiva da desobediência eficaz na infância.
O conceito de professor povo de Maria Tereza Nidelcoff* estava enterrado em minha humilde atitude de observar a nefasta pressão do professor policial.
Logo ao final da apresentação que fizera com esmero, uma sirene, igual as dos quartéis suou para que os subordinados adentrassem na sala de aula, em filas seguiam para aquele lugar de acumulo juvenil sem nenhuma condição de se educar.
Lá estava um quadro “negro”, um professor policial e os alunos enfileirados olhando uns para as nucas dos outros.
Os ensinamentos de Paulo Freire*2, “que todo educado é um educando e todo educando é um educador”, nunca tinha sido ouvido por aquela “educadora”.
Constatei claramente que o mau desempenho da escola pública hoje está no educador, pois cada um de nós tem que ter educação como processo transformador, não educação mera repetição de conteúdo vazio para os alunos.
A pedagogia do medo continua ameaçando os alunos, levando-os a lugar nenhum, pois é mera repetidora do medo que se vive dentro de casa, na esquina, nas praças, e, na escola.
Educar pelo medo, aplicando ameaças de quartéis com punições é coisa que deveria ser do passado não do século da comunicação virtual e tecnológica.
Pedagogia do medo, da palmatória, foi aperfeiçoada com as palavras de “eu te dou uma advertência, isto nos leva a crer que estamos em um mundo de não educação”, e sim de uma pedagogia que quer ter resultados pela opressão dos educadores.



*Maria Teresa Nidelcoff, educadora argentina, inicia um diálogo com mestres, educadores e professores; coloca e distingue a questão do "mestre-policial" ou "mestre-povo" e a polêmica existente entre uma atitude "policialesca e castradora" de ensino ou uma criativa de "engajamento" na cultura do educando.

Paulo Freire*2

No começo de 1964, foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Logo após o golpe militar, o método de alfabetização de Paulo Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militares. Viveu no exílio no Chile e na Suíça, onde continuou produzindo conhecimento na área de educação. Sua principal obra, Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969. Nela, Paulo Freire detalha seu método de alfabetização de adultos. Retornou ao Brasil no ano de 1979, após a Lei da Anistia.


J. Cláudio* - Formado em Filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco, em 1988.
Professor de Filosofia na Escola Estadual Paulo José Derenusson – Uberaba – MG.
Escritor e poeta

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Apostila de filosofia

O mundo da experiência, as quatro causas, ética e política

Antonio Carlos Olivieri*

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Em 1996, descobriu-se em Atenas, Grécia, o sítio arqueológico onde funcionou o Liceu - a escola fundada por Aristóteles (384-322 a.C.), para concorrer com a Academia, a escola anterior, fundada por seu antigo professor, Platão (427-347 a.C.). A fundação do Liceu não reflete nenhuma ingratidão do discípulo com seu mestre, que por sinal já havia morrido cerca de dez anos quando a escola aristotélica surgiu (336 a.C.).

Aluno de Platão, a quem reconhecia o gênio, Aristóteles passou a discordar de uma idéia fundamental de sua filosofia e, então, o pensamento dos dois se distanciou. Talvez seja esse o ponto de partida para se falar da obra filosófica aristotélica.

Platão concebia a existência de dois mundos: aquele que é apreendido por nossos sentidos - por assim dizer, o mundo concreto -, que está em constante mutação; e um outro mundo - abstrato -, o mundo das idéias, imutável, independente do tempo e do espaço, que nos é acessível somente pelo intelecto.

O mundo da experiência

Para Aristóteles, existe um único mundo: este em que vivemos. Só nele encontramos bases sólidas para empreender investigações filosóficas. Aliás, é o nosso deslumbramento com este mundo que nos leva a filosofar, para conhecê-lo e entendê-lo.

Aristóteles sustenta que o que está além de nossa experiência não pode ser nada para nós. Nesse sentido, ele não acreditava e não via razões para acreditar no mundo das idéias ou das formas ideais platônicas.

Porém, conhecer o mundo da experiência, "concreto", foi um desejo ao qual Aristóteles se entregou apaixonadamente. Assim, ele descreveu os campos básicos da investigação da realidade e deu-lhes os nomes com que são conhecidos até os nossos dias: lógica, física, política, economia, psicologia, metafísica, meteorologia, retórica e ética.

Aliás, ele inventou também os termos técnicos dessas disciplinas e eles também se mantêm em uso desde então. Exemplos? Energia, dinâmica, indução, demonstração, substância, essência, propriedade, categoria, proposição, tópico, etc.

O que é ser?

Filósofo que sistematizou a lógica, Aristóteles definiu as formas de inferência que são válidas e as que não são, além de nomeá-las. Durante dois milênios, estudar lógica significou estudar a lógica aristotélica.

Aristóteles aplicou a lógica, antes de mais nada, para responder a uma questão que lhe parecia a mais importante de todas: o que é ser?, ou, em outras palavras, o que significa existir? Primeiramente, o filósofo constatou que as coisas não são a matéria de que se constituem.

Por exemplo, uma pilha de telhas, outra de tijolos, vigas e colunas de madeira não são uma casa. Para se tornarem casa, é necessário que estejam reunidas de um modo determinado, numa estrutura muito específica e detalhada. Essa estrutura é a casa; e os materiais, embora necessários, podem variar.

Com o tempo, nosso corpo está em constante mutação - transforma-se da infância para adolescência, desta para a idade adulta e, finalmente, para a velhice. Nem por isso deixamos de ser nós mesmos. Da mesma maneira, um cão é um cão em virtude de uma organização e estrutura que ele compartilha com outros cães e que o diferencia de outros animais que também são feitos de carne, pelos, ossos, sangue...

As quatro causas

Para Aristóteles uma coisa é o que é devido a sua forma. Como, porém, o filósofo entende essa expressão? Ele compreende a forma como a explicação da coisa, a causa de algo ser aquilo que é. Na verdade, Aristóteles distingue a existência de quatro causas diferentes e complementares:
  1.   Causa material: de que a coisa é feita? No exemplo da casa, de tijolos.
  2.   Causa eficiente: o que fez a coisa? A construção.
  3.   Causa formal: o que lhe dá a forma? A própria casa.
  4.   Causa final: o que lhe deu a forma? A intenção do construtor.

    Embora Aristóteles não seja materialista (vimos que a forma não é a matéria), sua explicação do mundo é mundana, está no próprio mundo. Finalmente, para o filósofo, a essência de qualquer objeto é a sua função. Diz ele que, se o olho tivesse uma alma, esta seria o olhar; se um machado tivesse uma alma, esta seria o cortar. Entendendo isso, entendemos as coisas.

    Mas o pensamento aristotélico não se limitou a essa área da filosofia que podemos chamar de teoria do conhecimento ou epistemologia. Deixando de lado os domínios que deram origem a outras ciências e nos limitando à filosofia propriamente dita, Aristóteles ainda refletiu sobre a ética, a política e a poética (que, no caso, compreende não apenas a poesia, mas a obra literária e teatral).

Ética e política

No campo da ética, segundo Aristóteles, todos nós queremos ser felizes no sentido mais pleno dessa palavra. Para obter a felicidade, devemos desenvolver e exercer nossas capacidades no interior do convívio social.

Aristóteles acredita que a auto-indulgência e a autoconfiança exageradas criam conflitos com os outros e prejudicam nosso caráter. Contudo, inibir esses sentimentos também seria prejudicial. Vem daí sua célebre doutrina do justo meio, pela qual a virtude é um ponto intermediário entre dois extremos, os quais, por sua vez, constituem vícios ou defeitos de caráter.

Por exemplo, a generosidade é uma virtude que se situa entre o esbanjamento e a mesquinharia. A coragem fica entre a imprudência e a covardia; o amor-próprio, entre a vaidade e a falta de auto-estima, o desprezo por si mesmo. Nesse sentido, a ética aristotélica é uma ética do comedimento, da moderação, do afastamento de todo e qualquer excesso.

Para Aristóteles, é a ética que conduz à política. Segundo o filósofo, governar é permitir aos cidadãos viver a vida plena e feliz eticamente alcançada. O Estado, portanto, deve tornar possível o desenvolvimento e a felicidade do indivíduo. Por fim, o indivíduo só pode ser feliz em sociedade, pois o homem é, mais do que um ser social, um animal político - ou seja, que precisa estabelecer relações com outros homens.

O papel da arte

A poética tem, para Aristóteles, um papel importantíssimo nisso, na medida em que é a arte - em especial a tragédia - que nos proporciona as grandes noções sobre a vida, por meio de uma experiência emocional. Identificamo-nos com os personagens da tragédia e isso nos proporciona a catarse, uma descarga de desordens emocionais que nos purifica, seja pela piedade ou pelo terror que o conflito vivido pelas personagens desperta em nós.

Tudo isso é, evidentemente, um resumo ultra-sintético do pensamento aristotélico. Sua obra é gigantesca, apesar de a maior parte dela ter se perdido ao longo dos tempos. O que chegou até nós corresponde a 1/5 de sua produção. São notas suas e de seus discípulos que passaram nas mãos de estudiosos da Antigüidade, da Idade Média (parte dos quais em países islâmicos), e que foram reorganizadas pela posteridade.

Principalmente em função disso, a leitura de Aristóteles é difícil e seus textos não possuem a qualidade artística que encontramos nas obras de Platão. Para conhecer os aspectos relacionados às ciências na obra aristotélica clique aqui.
Bibliografia
           "História da Filosofia", Julián Marías, Martins Fontes, 2004.
·                                 "História da Filosofia", Bryan Magee, Edições Loyola, 2001.
·                                 "Dicionário de Filosofia", Nicola Abbagnano, Martins Fontes, 2000.
·                                 *Antonio Carlos Olivieri é escritor, jornalista e diretor da Página 3 Pedagogia & Comunicação.